Em 2019, grávida do Mateus, comecei a pintar ilustrações, a lápis de cor, para decorar o quarto dele. As ilustrações começaram a receber muita atenção e elogios, por parte dos convidados que trazía cá a casa e, foi então que, com o incentivo do Luís o meu mariso, criei a Pistacho, em 2020.

Com o aumento da procura de ilustrações, passados 3 meses, decidi dedicar-me a 100% a este projeto. Entretanto, para além das partilhas das ilustrações, comecei também a partilhar dicas, sugestões e imagens de inspiração, relativas à minha área de formação: arquitetura que, consequentemente, conduziram ao surgimento dos primeiros pedidos de projetos de interiores.

Inicialmente, os projetos que realizava eram, maioritariamente, destinados a quartos de bebés ou de criança, no entanto, à medida que as pessoas iam acompanhando os meus projetos e se iam identificando com a minha forma de trabalhar e projetar, foram surgindo outros pedidos: projetos de interiores e arquitetura completos.

Numa fase inicial, criei um pequeno escritório nos anexos da minha casa. Hoje, temos um atelier em Coimbra e somos uma equipa de oito colaboradores. Atualmente, contamos com parceiros que consideramos fulcrais para a concretização dos nossos projetos, nomeadamente, técnicos de marcenaria, estofos e carpinteiros, que nos auxiliam na criação de mobiliário à medida.

Criar a Pistacho foi a realização de um sonho — é incrível poder acordar todos os dias para fazer algo de que realmente gosto, que é criar, desenhar e projetar. A minha vida é ajudar as pessoas a terem a sua casa de sonho.

Acredito que a arquitetura de interiores é essencial para a nossa vida, e em particular para o nosso bem-estar. A relação com o espaço em que vivemos e com as pessoas com quem o partilhamos é realmente transformada e modificada quando planeamos e pensamos o nosso lar ao pormenor.

Acredito também que cada casa é única e que quem a habita a transforma. Temos todos hábitos diferentes, gostos diferentes, profissões diferentes, famílias diferentes. Cada casa, cada espaço, cada divisão deve ser projetada com base em quem a habita e tendo sempre em conta as suas necessidades, desejos, vontades e objetivos.